A Cuidar.me, uma startup de plano de saúde no Brasil, anunciou o encerramento de suas operações, surpreendendo 18 mil clientes. A empresa, que se destacava no setor ao oferecer serviços acessíveis, interrompeu suas atividades a partir de 1º de maio de 2024. Muitos beneficiários, já dependentes para cuidados médicos, expressaram frustração, especialmente aqueles em situação delicada, como gestantes. Embora alternativas de migração para outras operadoras tenham sido oferecidas, a maioria considerou as opções inferiores. Em comunicado, a Cuidar.me afirmou que o fechamento foi feito em conformidade com as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que as empresas de planos de saúde concordaram em suspender os cancelamentos unilaterais recentes para algumas doenças e transtornos. Isso ocorreu após uma reunião com representantes do setor, diante da possibilidade de abertura de uma CPI para investigar os cancelamentos. As vítimas dessas ações são principalmente idosos e crianças com Transtorno do Espectro Autista. O aumento das reclamações contra planos de saúde também foi destacado, com aumento de 49,7% no ano passado. A situação revela um cenário de crescimento de queixas contraposto ao aumento do faturamento das operadoras, impactando diretamente a legislação vigente.

Após receber reclamações sobre cancelamentos unilaterais de contratos de planos de saúde, a Senacon notificou 20 operadoras para prestarem esclarecimentos. As operadoras terão que informar o número de cancelamentos, os motivos, o perfil dos beneficiários afetados e a faixa etária. A Abramge se colocou à disposição para contribuir com informações. A Senacon busca garantir transparência e segurança aos consumidores e tomar medidas rigorosas contra abusos. O Estadão revelou que muitos clientes receberam avisos de cancelamento por motivos de déficit. A ANS também registrou aumento de investigações. A Abramge reiterou seu compromisso com o acesso à saúde suplementar.